quinta-feira, 29 de março de 2012

O X ,Y, Z da questão.




De uns tempos para cá basta mantermos nossos ouvidos abertos e logo ouvimos alguém falando da Geração Y. Já cheguei a vê-la como requisito em um processo seletivo.
Mas não se engane, não estamos falando de genética.


Para falarmos da Y temos que entender a Geração X, a primeira denominação dada para as crianças que nasceram depois da Segunda Guerra Mundial, entre os anos 1960 e 1980. Entre as principais características das pessoas da tal Geração X, é possível citar a busca da individualidade, maturidade e escolha de produtos de qualidade, maior valor a indivíduos do sexo oposto, busca por seus direitos e a 
procura da liberdade.

Sucedendo o X dessa questão, vem a geração Y, também chamada de Geração Next ou Millennnials, de pessoas nascidas entre os anos 1980 e 2000. Essa geração desenvolveu-se numa época de grandes e surpreendentes avanços tecnológicos e prosperidade econômica.De acordo com diversas fontes, os pais, não querendo repetir o abandono as quais as crianças de antes eram submetidas, encheram a geração Y de presentes e atividades, aumentando a autoestima de seus filhos. Eles cresceram vivendo em ação e fazendo tarefas múltiplas. Acostumados a conseguirem o que querem lutam por salários ambiciosos desde cedo. A moda da Geração Y pegou.Hoje, é possível notar pessoas com muito mais idade com o mesmo comportamento, uma modernidade falsa e fingida para agradar aqueles que não valorizam a passagem dos anos e a bagagem que isto traz.  É claro que todas essas nomenclaturas, servem como parâmetros para medir o que você é ou deixa de ser no âmbito profissional. Segundo estudo realizado em 2010 pelo professor francês, Jean Pralong, Geração Y é o título dado para distinguir as pessoas que possuem muita facilidade com tecnologia e atitude egocêntrica cínica no local de trabalho. Analisando 400 pessoas entre Geração X e Y foi possível mostrar que não existe diferença entre 25 anos e 45 anos de idade, no trabalho. O comportamento é o mesmo, portanto, no plano científico, “a Geração Y não existe. Muito bem, se não faz diferença o X do Y quando o assunto é trabalho, por que nos dias de hoje não ser Heavy User de internet, leia: quem não faz outra coisa da vida se não ficar no computador, é considerado inferior ou mesmo incapacitado? Se não faz diferença, por que tantas empresas preferem contratar jovens, descolados e quase juniores ao invés de profissionais plenos? Será somente a boa e velha retenção de custos uma vez que o empregador pode contratar 3 verdes pelo preço de um maduro? Quanto se fatura sobre as atitudes - ou a falta delas - em relação aos jovens da geração Y? Que buscam um lugar ao sol disputando-o com egocentrismo desmedido? Enfim, como é possível medir pessoas? Pessoas que independentes da década que nasceram continuam com expectativas, vontades, ambições, querendo reconhecimento pelo esforço e dedicação e principalmente querendo jogo limpo. 


Difícil mesmo é não ser subjugado a perfis inflexíveis e preso a estereótipos do marketing. Como se não bastasse a divisão de classes e a distinção de raças.  


E depois de engolir duas gerações, ainda temos o que vem depois da Y:

A Z, que de tão internauta-entediante nos leva a...zzzzzzzzzz.

E a Alfa. Que orbitará alienada num planeta já conectado. 


O que ninguém parece perceber é que em meio a essa sopa de letras, estão pessoas. Como você e eu.  


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