O X ,Y, Z da questão.
De uns tempos para cá basta mantermos nossos
ouvidos abertos e logo ouvimos alguém falando da Geração Y. Já cheguei a vê-la
como requisito em um processo seletivo.
Mas não se engane, não estamos falando de
genética.
Para falarmos da Y temos que entender a Geração X,
a primeira denominação dada para as crianças que
nasceram depois da Segunda Guerra Mundial, entre os anos 1960 e 1980. Entre as principais características das pessoas da tal
Geração X, é possível citar a busca da individualidade, maturidade e escolha de
produtos de qualidade, maior valor a indivíduos do sexo oposto, busca por seus
direitos e a
procura da liberdade.
Sucedendo o X dessa questão, vem a geração Y, também chamada de Geração Next ou
Millennnials, de pessoas nascidas entre os anos 1980 e 2000. Essa
geração desenvolveu-se numa época de grandes e surpreendentes avanços
tecnológicos e prosperidade econômica.De acordo com diversas fontes, os pais, não querendo repetir o abandono
as quais as crianças de antes eram submetidas, encheram a geração Y de
presentes e atividades, aumentando a autoestima de seus filhos. Eles cresceram
vivendo em ação e fazendo tarefas múltiplas. Acostumados a conseguirem o que
querem lutam por salários ambiciosos desde cedo. A moda da Geração Y pegou.Hoje, é possível notar pessoas com muito mais
idade com o mesmo comportamento, uma modernidade falsa e fingida para agradar
aqueles que não valorizam a passagem dos anos e a bagagem que isto traz. É
claro que todas essas nomenclaturas, servem como parâmetros para medir o que
você é ou deixa de ser no âmbito profissional. Segundo estudo realizado em 2010 pelo
professor francês, Jean Pralong, Geração Y é o título dado para distinguir as
pessoas que possuem muita facilidade com tecnologia e atitude egocêntrica
cínica no local de trabalho. Analisando 400 pessoas entre Geração X e Y foi
possível mostrar que não existe diferença entre 25 anos e 45 anos de idade, no
trabalho. O comportamento é o mesmo, portanto, no plano científico, “a Geração Y não existe. Muito bem, se não faz diferença o X do Y quando
o assunto é trabalho, por que nos dias de hoje não ser Heavy User de internet,
leia: quem não faz outra coisa da vida se não ficar no computador, é considerado
inferior ou mesmo incapacitado? Se não faz diferença, por
que tantas empresas preferem contratar jovens, descolados e quase juniores ao
invés de profissionais plenos? Será somente a boa e velha retenção de custos
uma vez que o empregador pode contratar 3 verdes pelo preço de um maduro? Quanto se fatura sobre as atitudes - ou a
falta delas - em relação aos jovens da geração Y? Que buscam um lugar ao sol disputando-o
com egocentrismo desmedido? Enfim,
como é possível medir pessoas? Pessoas que independentes da década que nasceram continuam com expectativas, vontades, ambições, querendo
reconhecimento pelo esforço e dedicação e principalmente querendo jogo limpo.
Difícil mesmo é não ser subjugado a perfis inflexíveis e preso a estereótipos
do marketing. Como se não bastasse a divisão de classes e a distinção de raças.
E depois de engolir duas gerações,
ainda temos o que vem depois da Y:
A Z, que de tão internauta-entediante nos leva a...zzzzzzzzzz.
E a Alfa. Que orbitará alienada num planeta já
conectado.
O que ninguém parece perceber é que em meio a essa sopa de letras, estão pessoas. Como você e eu.
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