sexta-feira, 13 de abril de 2012

Sexta-feira 13, que nada! É beijo que a gente quer!


Beijar a testa, beijar a mão, beijar os pés.
A foto do amado, do ídolo, do parente que partiu…
O bebê, a boneca, o cão e o gato.
Beijar imagens de santos, o solo sagrado, o irmão de fé e camarada; 
Beijar com um, com dois, com três a família toda.
Beijar de babar.

Beijamos o tempo todo e que é bom, ninguém duvida.
Que mexe com as entranhas, com a cabeça, com outras partes...sim!
Mas afinal, por que isso acontece?
Tem um milhão de posts na internet sobre o beijo, principalmente hoje; sendo assim, eu capturei algumas informações mais gostosas e as reuni aqui. Se são verdades não dá pra saber mas que são no mínimo divertidas, isso é certeza.
 
Por que gostamos de beijar na boca?

Uma hipótese é que a nossa primeira experiência de conforto, segurança e amor vem das sensações bucais associadas ao aleitamento materno.  Somado a isso, nossos ancestrais provavelmente alimentavam seus bebês boca a boca, com alimentos pré-mastigados (como a atriz Alicia Silverstone faz, inclusive!). 

Nossos lábios estão entre as partes mais sensíveis do corpo. São cheios de neurônios ligados aos centros de prazer no cérebro. Há até pesquisadores que cogitam uma ligação entre os beijos e a maneira como investigamos a compatibilidade biológica com um potencial parceiro. Estudos mostram que nos sentimos mais atraídos pelo cheiro do suor de pessoas com o sistema imunológico o mais distante possível do nosso, pois é com elas que iremos produzir bebês saudáveis. (Então pronto, tá explicado! O beijo é uma desculpa para cheirar a outra pessoa.)

Da onde ele vem?

Ele vem da boca claro, mas surgiu na França. Aquele em que as línguas se entrelaçam (o mais gostoso!)

Dizem que entre os Persas, na Antiguidade, os homens trocavam beijos na boca. Mas só pessoas do mesmo nível hierárquico e social o faziam. Se um dos homens fosse considerado hierarquicamente inferior, o beijo deveria ser dado no rosto. (Olha o preconceito.)
  
Outra história é que o beijo surgiu há muitos anos, em Roma. Quando os homens precisavam controlar o consumo de vinhos beijavam suas mulheres para descobrir se elas tinham  bebido. (Hoje é o contrário, nós é que ficamos alertas ao bafo da cachaça!)

No período da Renascença, o beijo na boca era uma forma de saudação muito comum. Na Inglaterra, ao chegar na casa de alguém, o visitante beijava o anfitrião, sua mulher, todos os filhos e até mesmo o cão e o gato se os tivesse.(Oi?)

Na Escócia antiga, os padres beijavam os lábios da noiva no final da cerimônia de casamento.(Ah não!Isso já é demais.) 
Dizia-se que a felicidade conjugal dependia dessa benção em forma de beijo.(Esses padres!!!)

Depois, na festa, a noiva deveria circular entre os convidados e beijar todos os homens na boca, que em troca, lhe davam dinheiro.(Ou seja, o início da prostituição.)

No século 17 quando o beijo ficou restrito a pessoas de sexo oposto, os religiosos substituíram o beijo na boca pelo beijo nos pés, o beijo nas mãos, chegando ao aperto de mão e ao abraço.
(Da boca para o pé. Quanta evolução!)

No século 19, o surgimento do Romantismo, com o predomínio da poesia sobre a razão, favoreceu os ardentes romances e tórridas paixões.E o beijo ficou mais público e mais declarado, nos filmes inclusive.
  
Well well…são muchas teorias, muchas. Mas o fato provado é que um beijo caprichado de 10 segundos queima até 12 calorias movimentando 12 músculos do lábio, 17 da língua e 9 do pescoço. 
Eu até pensei em falar que na troca do beijo trocam-se também 250 tipos de bactérias e vírus. Mas resolvi não falar pra você ir queimar a sobremesa que devorou agora pouco, sem culpa alguma!

Tá aí ainda??? Vá logo!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Madame Satã. De volta e para o futuro.



São Paulo é uma cidade multicultural. Tudo que você precisar você encontra. O que você gostar, por mais que seja peculiar procure, pois, vai achar em São Paulo. A noite, é a cidade das tribos, dos sons e assim os boêmios vão levando a vida como gatos, de bar em bar.

A prova de que para todos os gostos há sempre uma boa opção é o retorno à noite paulistana do Madame Satã.  Pois é, o velho casarão abre suas portas novamente, agora em grande estilo. Recém comprado e reformado pelo pessoal da DJ Club e Nostro Mondo, o agora Madame Underground Club volta a cena com cara de balada chique da Vl Olímpia.

Aberto de quinta a domingo tem, não somente a reforma como mudança; para quem estava acostumado só com as noites, agora poderá desfrutar de atividades durante o dia como cursos de dança, exposições e peças de teatro. http://epocasaopaulo.globo.com/sem-categoria/madame-sata-reinaugura-com-musica-alternativa-e-pecas-de-teatro/

Fui conferir a casa, um mês depois da inauguração. Comentava-se na internet das filas intermináveis que circulavam o casarão nas primeiras semanas. Achei melhor esperar baixar a poeira.

Noite de sexta-feira (pela programação, a mais gótica das noites).

Meu namorado e eu chegamos na porta do Madame às 23h15. Uma modesta fila já estava se formando. É surpreendente a pintura externa, nem parece o mesmo lugar. A casa abre as portas por volta de 23h30. Típico de muitas baladas, somos mantidos na porta para dar a impressão de estar cheio lá dentro para quem passar.

Na fila, um pouco mais a frente havia um grupo de rapazes, um deles saiu e voltou com algumas garrafas tipo long neck de cerveja. Um dos seguranças (porque são vários) veio retirar as garrafas da fila. Os rapazes viraram a cerveja rapidamente e entregaram as garrafas ao segurança. Será que não podemos manejar vidro na fila? Os seguranças andam de um lado para o outro investigando, procurando, especulando as pessoas. Imaginei que um deles fosse me interrogar enquanto tentava guardar um batom no cano longo da bota.

A entrada:
Se você, mulher, colocar seu nome na lista e conseguir a façanha de entrar até meia noite, não paga entrada. Homem, você não tem vez.Há duas opções: ou são R$ 25,00 de entrada ou R$ 50,00 de consumação. Uma hostes simpática e devidamente trajada não pareceu se preocupar quando eu disse que tinha nome na lista. Vipou minha comanda sem olhar se era verdade ou não. Na dúvida meninas, melhor não arriscar. Dentro:
No térreo, o que mais chama a atenção são gigantes espelhos emoldurados que forram o interior das janelas da casa. As paredes de tijolos foram substituídas e não há uma vela sequer, tudo  em neon e laser. Todos os artigos de decoração como a jukebox, o crânio ou aquele imensa redoma forrada de velas e suspensas por correntes foram retiradas e substituídas por artigos luxuosos, de um horror fingido.
Algumas gárgulas substituíram a sombra do morcego que batia asas na parede. No lugar das mesas descascadas, sofás de couro em formato de S. Todos se acomodam muito bem no térreo.
No salão principal, um DJ toca um som diferente do da pista. No meu ponto de vista, alto demais. Para ouvir o que está rolando no subterrâneo é necessário chegar até o meio da escada e se concentrar bem. Na antessala, ao invés dos sofás, uma pequena exposição, a chapelaria e o balcão para pagar a comanda.

Bar:
O bar antigo tinha o que o povo precisava: barmen interessantes para as meninas, bebida barata, ruim mas barata, para todos. Água, refris e cervejas giravam em torno de R$ 3,00/ R$ 4,00. 
Destilados por volta de R$ 6,00 e drinks a R$ 8,00. Seguem, aproximados, os preços atuais: 

Água 6, 00; Refrigerante 7, 00; Cerveja 8, 00; Pinga 15, 00; Drinks 20, 00; Destilado 22, 00.

Surpreso? Pois a dica é: procure um marreteiro mais próximo, porque os preços do novo Madame são de levar ao coma (não alcoólico) seus antigos frequentadores.

Bar de baixo e Áreas externas:
Tudo, inclusive o buraco, está em seu devido lugar, exceto pela mobília nova e mais bem planejada. Interessante reparar a quantidade de pessoas na área externa fumando, antigamente isso era feito na pista. Spots foram espalhados pela parte interna e sem dúvida caíram muito bem. O andar de baixo conta com uma mudança, pra mim a melhor de todas mas não falarei. Vá lá conferir. 

Banheiros:
Azulejado e já no começo da noite, imundo. É um caso perdido.

Pista:
Esse era o meu medo. Muitos lugares undergrounds por aí tentaram em vão alcançar o mistério e a intimidade efêmera da pista do Satã. Entre tanto luxo, os novos proprietários parecem ter percebido que o porão era a alma do casarão e qualquer estrobo a mais poderia pôr tudo a perder. Então, um brinde a pista! Praticamente intocada. Escuridão e sombras se completando. Quem reclamava do calor, não tem mais motivos, o ar-condicionado é parte integrante. 

Fomos embora às 4 da manhã e não haviam mais de 300 pessoas lá dentro. 
Vários podem ser os motivos. Talvez assim como eu, o público esteja esperando o furor da inauguração passar ou muitos ainda não sabem que o casarão foi reaberto; alguns se negam a comparecer. Ouvi amigos dizendo que preferem manter na mente o que o madame foi um dia e deram por encerrado esse ciclo; o tempo passou, já não somos mais tão novinhos…talvez uma nova geração ocupará essa casa. Levada até lá pelas histórias que nós contamos ou o preço seja maior do que o bolso pode aguentar.

O fato é que desde que foi fechado, há cinco anos atrás, o público fiel do Madame ficou carente. Eu mesma, tentei ir a muitos lugares similares mas nada se comparava.
O Madame era o lugar certo para fazer amigos ou para se isolar completamente do mundo. Pessoas simples em um lugar simples, virando a noite na escuridão. Se você tinha dinheiro para entrar pagava, se não tinha, dava-se um jeito. Se bebia demais poderia extravasar na pista ou ficar quietinho no seu canto. Que mal tem? Não incomodava e não se era incomodado por ninguém. Uma sensação estranha de liberdade entre paredes e de fazer parte de algo surreal. 

Agora, é uma nova fase. Tudo bonito, cult e moderno. E claro para a balada fluir é necessário uma dúzia de seguranças. Porque, afinal, uma pessoa leva em seu genes um pouco do lugar onde foi criada, e nós fomos criados no Madame Satã portanto, herdamos sua fama. 



                                     

                                   

 












Infos: http://www.djclubbar.com.br/novo/agenda/?p=1174

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Vai um não aí?


Ainda que sejam travadas verdadeiras batalhas quando o assunto é gosto e opinião, cada um tem o direito de ter  a sua. É o livre-arbítrio, lindo na teoria, intransigente na prática. 
Deus e todos os seus nomes que o digam.

E quando nós pedimos a opinião de alguém? O correto é aceitá-la, independente do quanto possa magoar ou impactar. Ainda mais se para responder você escolhe aquela pessoa que não mede palavras.

De uns tempos para cá, venho aprendendo a controlar minha, sinceridade exacerbada. 

Lembro da noite em que fui a um jantar em família na casa de uma tia e ela me questionou o que eu havia achado da lasanha. Nessas horas você tem uma chance só de resolver a situação: ou diz que adorou e com certeza vai se sacrificar para repetir o prato ou, faz o que eu fiz: “Sua comida já foi melhor, acho que você perdeu a mão.”

Silêncio. Seguido diretamente por um chute na canela do lado esquerdo onde estava minha mãe cerrando a boca, com cara de “Você me mata de vergonha.”

Mas afinal se não podem escutar a opinião dos outros, por que insistem em perguntar?

Isso me faz lembrar um episódio recente, desta vez com meu namorado na situação inversa. Já na loja há umas duas horas tentando escolher entre uma sapatilha com fivela e a mesma sapatilha sem fivela, perguntei: "O que você acha?"

Ele, suspirou e respondeu: sem fivela.

Eu, já indignada pois a escolhida por ele não era minha primeira opção, respondi incrédula: "AH É?!?" Saí voando para o espelho mas ainda tive tempo de ouvir o vendedor fazer o som de buzina reprovadora e dizer:

“BÉÉÉÉÉ. Resposta errada.”

Resposta errada. Se existia a resposta certa e eu já sabia qual era, por que perguntei? 

Recentemente um colega publicitário me contou que anos atrás teve um cliente que rejeitava quase que de imediato peças onde o vermelho predominava. Um dia estavam em uma conversa informal com o presidente da empresa e meu amigo tocou no assunto:
“Já que o senhor não gosta de vermelho, eu…” Ele foi interrompido na mesma hora pelo presidente, que disse:
“Não é que eu não gosto do vermelho, é que o vermelho é a cor do demônio!”

Oi?!

A partir daí todas as peças criadas eram azuis; azuis-bebê, azuis-Royal, azuis algodão- doce etc etc etc.

Tenho um amigo, daqueles empolgados por natureza. Do tipo que não pode beijar hoje, que está namorando amanhã, ou, assim ele acha. 
Virava e mexia ele me pedia a opinião em alguma coisa, desde um singelo toque de moda até se deveria procurar outro emprego. Em uma balada depois de ter-lhe apresentado uma amiga, naturalmente simpática com todos, ele me perguntou:

“Acho que sua amiga está a fim de mim! O que você acha?”

Volto a falar, nessas horas você só tem uma chance de dar cabo da situação e é melhor pensar bem, pois não vai poder retirar o que disse.

O que responder: “Aaah sim, ela está!” Pra depois ter de me virar em mil desculpas rejeitando um encontro a sós que não rolaria nunca, ou dizer: “Amigo, vê se cresce. Até as mulheres da igreja que lhe estendem a mão na hora da Paz de Cristo estão a fim de você!”

Resolvi, com a melhor cara de paisagem do mundo, responder: “Acho que não.”

O golpe foi mortal. A expressão de desolamento foi instantânea e instantaneamente substituída por um olhar revoltado seguido por uma série calúnias:

“ Por que você não acha? Por acaso não posso ser desejado por alguém, não? Ou a sua amiguinha é melhor do que eu? O que você sabe da vida, afinal? Aaah já sei, você está com raiva. Ou é ciúme mesmo!!!”

Nem tive tempo de abrir a boca, ele já havia virado as costas e ido para outro canto.  O que foi melhor, eu ainda não sabia o que dizer.

Você pode até pensar -que pessoa mais infantil! Mas talvez o ser humano seja assim mesmo. 
Quando se sente acuado, inferiorizado ou mesmo quando algo não corresponde aos seus interesses, se comporta como criança.

Quando a amiga critica nossa roupa, está morrendo de inveja; quando a mãe alerta que a moça tem algo de errado, está agorando o namoro; quando o namorado responde: “É, talvez você tenha engordado um quilo ou dois”, é um insensível que certamente já está nos traindo.

Às vezes o melhor é ouvir certas verdades, por mais que na hora incomode. Quando estamos envolvidos na situação, ficamos cegos. Quem está de fora enxerga melhor e quem nunca ouviu um conselho e se deu bem que atire a primeira pedra!  

Questão de opinião. Por mais estranho que pareça, deve ser respeitada e afinal um nãozinho não mata ninguém.

Bico e birra só ficam bem em criança. E olhe lá.